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CFA promove debate sobre a participação feminina no mundo digital

Na tarde desta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Comissão Especial ADM Mulher do Conselho Federal de Administração (CFA) realizou o “ADM Mulher”. Centenas de pessoas acompanharam o evento on-line, cujo tema foi “As mulheres no mundo digital”.

A diretora de Formação Profissional no CFA e coordenadora da Comissão ADM Mulher, Cláudia Stadtlober, abriu o evento dando boas-vindas aos participantes. “É o nosso primeiro evento deste ano. Começamos a trabalhar no ano passado, trata-se de um evento gigante. Já temos comissões regionais e, juntas, vamos continuar a desenvolver e apoiar a participação das mulheres no meio profissional”, disse. Cláudia também lembrou que o dia 8 de março é marcado por luta e superação. “Quando a gente olha para a história e vê o grupo de mulheres que passaram dificuldades, então, hoje, a gente comemora as conquistas e pensa no tanto que ainda temos a conquistar”, ressaltou a diretora.

Quem também prestigiou o evento foi o presidente do CFA, Mauro Kreuz. Ele mostrou-se orgulhoso pelas ações desenvolvidas e ratificou o apoio do Sistema para a Comissão.

“Tenho esperança de que vamos, sim, ter uma sociedade mais justa. O dia 8 de março deve ser muito comemorado para marcar a importância da mulher na sociedade, na política, na educação, nos negócios e, em especial, na Administração. O ADM Mulher tem, de fato, feito um trabalho excelente”, elogiou o presidente.

Em seguida, a conselheira federal e coordenadora da Comissão ADM Mulher da  Organização Latinoamericana de Administração (OLA), Jociara Correia, se apresentou para mediar o evento. A primeira palestrante que ela convidou para falar foi a fundadora e CEO na Halo Notoriedade, Gisele Machado. Ela focou sua fala na apresentação do grupo Mulheres Acate, iniciativa criada em 2018 pela Associação Catarinense de Tecnologia, com o propósito de fortalecer o protagonismo feminino no universo tecnológico e, assim, transformar a cultura empreendedora, impactando o ecossistema e o tornando mais igualitário, justo, criativo, inovador e diverso.

O grupo temático é um movimento colaborativo e conta com a adesão de todas que já estão construindo – ou querem construir – o futuro da tecnologia em Santa Catarina. Gisele explicou que podem participar todas as mulheres empreendedoras, sócias-fundadoras, CEOs, diretoras ou interlideranças de empresas associadas à Acate. “Nosso objetivo está sendo cada vez mais entender as necessidades do mercado para fortalecer a entrada feminina nesse segmento tech”, afirmou a palestrante.

Em seguida, foi a vez da hondurenha Daysy Trejo de Lagos compartilhar sua experiência com os participantes. Ela é membro da OLA e tem mais de 20 anos de experiência como docente universitária na área de ciências administrativas, financeiras e contábeis, e na aplicação de ferramentas tecnológicas aplicadas à educação.

Ela explicou que Honduras tem uma população relativamente jovem, sendo maioria feminina. Durante a pandemia, muitas mulheres daquele país perderam o emprego, mas por outro lado cresceu o empreendedorismo. Nesse sentido, Dayse reforçou a importância de usar as redes sociais para fortalecer e melhorar o desempenho desses negócios na internet. “Isso vai fazer com que os consumidores sintam-se confiantes para adquirir um produto dessas empresas”, disse, lembrando que, além da pandemia, o país sofreu com dois furacões e frentes frias que arrasaram a produção agrícola. “O que passou ontem serve de impulso para o nosso futuro”, comentou.

designer research fellow na TDS Company, Amanda Lopes falou em seguida. Ela lembrou que a pandemia acelerou o processo de transformação digital de muitas organizações e é preciso pensar em como inserir as mulheres nesse mercado. A jovem profissional também compartilhou sua experiência no projeto “Mulheres em Inovação Negócios e Artes”, iniciativa que coordenou na época em que atuou como analista de Inovação no Porto Digital.

O programa visa promover equidade, entre homens e mulheres, dentro do ecossistema do Porto Digital, por meio de ações como hackathonsworkshops meetUps. Com a pandemia, as ações migraram para o meio digital. “Foi surpreendente, pois alcançamos uma visibilidade muito maior do programa”, destacou. Por fim, ela compartilhou um case de sucesso da Magazine Luíza, o Luiza Labs, o laboratório de tecnologia e inovação voltado à criação de produtos e serviços para o varejo com base em novas tecnologias e foco em big datamobile e plataformas digitais.

O evento foi finalizado pela licenciada em Administração de Empresas, especialista em Gestão de PMEs e Docência Universitária, a argentina e membro da OLA, Silvana Scarficci. Na ocasião, ela apresentou um pouco da realidade da mulher na Argentina e também descreveu o impacto que a pandemia trouxe para o público feminino. Segundo ela, o teletrabalho sobrecarregou as mulheres. Além disso, a palestrante lembrou dos inúmeros casos de violência doméstica naquele país. “Nossa luta deve continuar, principalmente para reduzir as lacunas salariais entre homens e mulheres. E, sobretudo,  melhorar a participação feminina no mercado de trabalho, ainda mais na pandemia”, defendeu.

Ao final, as painelistas responderam às perguntas enviadas pelo público. Quem fez inscrição e participou do evento ao vivo receberá certificado. Para conferir o ADM Mulher na íntegra, clique na imagem abaixo.

 

Ana Graciele Gonçalves

Assessoria de Comunicação CFA

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