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Nova potência do futebol (Entrevista Especial – RBA 145)

Com experiência nas áreas de gestão esportiva e também escolar, presidente do Fortaleza é o entrevistado especial da RBA 145

Líder da equipe responsável pelo atual sucesso do Fortaleza Esporte Clube, o administrador e presidente da agremiação, Marcelo Paz, é o entrevistado especial da RBA 145. Com especialização em gestão esportiva e escolar, desde cedo ele partiu para a prática profissional na escola fundada por seu pai.

Com choque de gestão e planejamento estratégico, ele deu novos ares ao clube que preside. A instituição ocupa o quarto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro da Série A até o fechamento desta edição.
Nas linhas a seguir, ele fala sobre o atual momento de sua trajetória política e profissional. Conheça um pouco mais sobre quem é o homem por trás do sucesso do clube.

Leia, abaixo, a segunda parte da entrevista que ele concedeu à revista RBA, edição 145.

Como era a gestão anterior do clube antes de o senhor ocupar a presidência?

Toda gestão é diferente uma da outra. O Fortaleza é uma instituição que tem 103 anos, então já passaram muitos dirigentes, em momentos diferentes. O próprio futebol evoluiu em todos os aspectos: desde a infraestrutura, qualidade de gramado, de acomodação, de remuneração dos profissionais e da quantidade de profissionais que trabalham no futebol. Não sei nem se cabe comparar com gestões imediatamente anteriores. É um processo evolutivo, e quem entra precisa ter a humildade de reconhecer o que foi feito de bom e ter a sabedoria e a coragem de implantar novos processos e melhorias.

O que o senhor considera ou chamaria de uma boa gestão no futebol? Quais requisitos um clube precisa ter?

Uma boa gestão no futebol precisa ter transparência, pois o seu público é a torcida, e é muita gente. Ela quer saber dos números, de como os gestores gastam o dinheiro do torcedor, e da sua paixão que é o clube.

Precisa ter organização, que é básica para qualquer gestão, e também haver escolhas técnicas. É importante ainda você ter ao seu lado pessoas competentes em diferentes áreas, pois futebol é multifatorial e também há muitas áreas do conhecimento dentro de um clube.

Um clube é uma empresa como qualquer outra, que tem os setores contábil, jurídico, de patrimônio, marketing e recursos humanos. Tem ainda a peculiaridade do futebol em si, que é uma atividade pública, muito exposta.

É importante, então, ter gente competente e equilíbrio financeiro, pois no futebol tudo é muito caro. Se não houver equilíbrio financeiro, você vai gastar o que não tem.

A frieza nas tomadas de decisão é outra coisa que precisa existir, pois o gestor é muito pressionado a ganhar e contratar. Torcedor acha que contratar jogador caro é o que vai resolver.

Às vezes, eles sugerem o endividamento e nem sempre isso traz o resultado esportivo necessário. E o gestor precisa ter conquistas; se não tiver título, a gestão pode até ser lembrada como uma gestão organizada, mas não vai ser lembrada como uma gestão vencedora.

É cruel a realidade, mas é assim que a banda toca. Então, precisa somar todos esses requisitos para conseguir títulos. E, antes disso tudo, que a bola entre para que no final o gestor seja reconhecido.

Leia a primeira parte da entrevista clicando aqui.

Por Leon Santos

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